Fitz & Fries - Um pouco de tudo 🍸🍟
004 - Reflexão sobre a arte, histórias de amor, referências novas e mais💖
Bom dia my Fitz&Friers🍸🍟 ,
💖Primeiro de tudo, uma boa quarta a todos! 🌸🌼🌻🩷🦋💜⚡
🌹Eu não sei se já mencionei para vocês antes, mas eu sempre tive o sonho de ter uma revista (no auge dos meus 15 anos) e de poder compartilhar exatamente os mesmos assuntos que abordo aqui. Ou seja, escrever para vocês tem sido uma realização de um sonho e um dos meus grandes prazeres da semana (mesmo indo dormir 2h da manhã para terminar essa edição). Dito isso: MUITO obrigada por estarem aqui!!!! De coração! 🩷
(ah, meu insta: @isabela.mac e meu tiktok: @isabela_mac)
Agora vamos ao que interessa: nossas pílulas Fitz & Fries! 🍸🍟
🎨 Por que julgamos músicas, mas hesitamos diante da arte?🎨
Outro dia me peguei pensando nisso: como é fácil ouvir uma música e imediatamente ter uma opinião. “Essa eu amei.” “Essa achei cafona.” “Essa é poesia pura.” “Essa me deu dor de cabeça.” Julgamos sem medo, com naturalidade, quase com prazer.🎶
🎨Mas quando estamos diante de uma pintura num museu, ou de uma instalação, ou mesmo de uma escultura mais clássica… o tom muda.
Ficamos mais cautelosos. Como se estivéssemos entrando numa sala onde não dominamos o idioma. “Eu não entendi.” “Não sei dizer se é boa.” “Acho que preciso estudar mais pra opinar.”😶
Por que essa diferença?
🎶Talvez porque a música, mesmo a mais complexa, nos acostumou à convivência. Crescemos cercados por ela. Ouvimos no carro, em casa, no banho, nos fones de ouvido.
🪩Música embala a vida, desde os desenhos animados até o primeiro coração partido. Criamos intimidade. E a intimidade permite julgamento.
Já a arte visual, especialmente quando entra em campos mais abstratos, foi colocada num pedestal. Literalmente. 🔱
🖼️Quadros emoldurados em ouro, museus silenciosos, textos cheios de palavras que parecem senha de clube secreto: “pós-estruturalismo”, “decolonialidade”, “ruptura estética”. Aos poucos, fomos convencidos de que arte é território dos iniciados.
Mas será que precisa ser assim?
O filósofo francês Jacques Rancière fala sobre a “partilha do sensível”, a ideia de que todos nós temos o direito de sentir, perceber e formar juízo sobre o que nos rodeia, inclusive a arte.
👁️Ele não está sozinho. O crítico John Berger, no clássico Modos de Ver, dizia que “ver precede as palavras”. Ou seja, a nossa experiência visual é direta, instintiva, legítima.
A verdade é que não deveríamos ter medo de dizer que achamos um quadro feio, uma escultura emocionante, uma instalação confusa. Arte não é prova de vestibular. Arte é comunicação. E toda comunicação é feita para ser recebida, interpretada, sentida.❤️🔥
Mais ainda: julgar não é desrespeitar. É participar. 💘Quando dizemos que algo nos tocou ou nos incomodou, estamos nos posicionando no mundo. Estamos nos conectando. E não há nada mais belo do que participarmos da arte.
Talvez o que nos falta não seja formação acadêmica, mas coragem. Coragem de dizer: “Eu achei bonito.” “Achei desonesto.” “Me tocou.” “Não me comoveu.” Coragem de ser, enfim, como a criança da fábula do rei nu (referência dessa fábula aqui), que diante do desfile de fingimentos teve a ousadia de falar a verdade óbvia:
“Mas o rei está nu.”
🎨Talvez esteja na hora de tratarmos a arte com o mesmo afeto que tratamos nossas playlists. Sem medo de errar.
🌟 “Pour moi, je ne sais rien avec certitude, mais la vue des étoiles me fait rêver.”🌟
“Da minha parte, não sei nada com certeza, mas a visão das estrelas me faz sonhar.”
— Vincent van Gogh, em uma carta a seu irmão Theo (1888)
👸 Ask Bela! Um Q&A sobre tudo 👸
A sessão que eu respondo perguntas feitas por vocês! 💅🏻
📬”O que fazer quando você manda uma mensagem via WhatsApp para uma "amiga" e ela leva dois dias para responder? Ela não tira o celular da mão, está 24h/7d com o aparelho do lado e não responde. Não, não é o trabalho dela. Não é doença na família. Desisto da amizade? Acabando que eu sei a resposta, é meio que uma pergunta em forma de desabafo... é que é triste, não é?”
Bela: É triste, sim, sinto muito que esteja passando por isso!🥺 Porque existe um tipo de silêncio que não vem da correria, mas de desinteresse. E a gente sente essa diferença.
Mas talvez não seja sobre “desistir da amizade”, e sim sobre repriorizar o espaço que essa pessoa ocupa na sua vida. Não precisa deixar de gostar dela, só parar de colocar tanto afeto onde ele não está sendo bem recebido.
Há vínculos que a gente mantém, mas muda de lugar dentro da gente. Sem drama, só com mais clareza. Faz sentido?💘
💘Histórias de amor compartilhada por vocês!💘
Eu recebi essa história e achei tão linda a escrita dela, me senti dentro de um livro de romance❤️❤️❤️ Vamos lá:
“Aqui seria um ótimo lugar para encontrar um marido…”
Foi o que eu disse, descendo as escadas de uma igreja encantadora em Castelfranco, na Itália.
A resposta veio rápida, firme e doce:
“Então seu marido está aqui.”
O nome dele? Fernando — hoje conhecido como meu futuro marido. Mas, naquela sexta-feira, 8 de março de 2024, ele ainda era apenas um desconhecido em meio ao caos organizado do aeroporto de Guarulhos.
Eu estava com 21 anos, em minha primeira viagem internacional a trabalho. Ele, dez anos mais velho, maduro, elegante, e — embora eu não soubesse — também fazia parte do grupo da viagem. Mesmo destino: Fano, uma pequena joia italiana.
No domingo, em um passeio por Urbino, entre obras renascentistas e o silêncio de um museu, foi ele quem quebrou o gelo pela primeira vez:
“Vamos, Laura?”
Eu, arquiteta apaixonada por detalhes, estava encantada com uma imagem de Santo Antônio.
No fim daquela tarde, entramos em uma loja de souvenirs. Escolhi um pequeno sino.
Ele também. Coincidência? Talvez. Mas o encanto já era inevitável.
E assim seguiram os dias: ele segurava o guarda-chuva sempre do meu lado, abria cada porta, e entrava comigo em cada igreja.
A fé dele, firme e serena, acendia algo em mim.
E naquele quarto dia, em Treviso, já éramos dois cúmplices perdidos pelas estradinhas da região do Vêneto.
Dividimos o banco da frente de um carro que insistia em apitar por falta de combustível (spoiler: era movido a gás!).
Cantamos, rimos, brindamos vinhos que guardamos até hoje para nosso casamento.
E então veio Castelfranco.
A igreja.
A escada.
A frase.
E aquele “então seu marido está aqui” que ecoa até hoje no meu coração.
Ao voltarmos ao Brasil, demoramos 15 dias para nosso primeiro beijo.
Mas a verdade é que nos escolhemos ali, entre o mármore das igrejas e as ruelas italianas.
Hoje, um ano e dois meses depois, ele ainda abre cada porta. Ainda me protege da chuva.
E ainda segura minha mão com a mesma delicadeza daquele domingo em Urbino.
Eu, uma goiana apaixonada por arquitetura e filmes da Audrey Hepburn, fui até a Itália encontrar meu lorde capixaba de alma italiana.
Parece um roteiro? Talvez. (Bela: sim sim sim!! 100% roteiro de romance!!!)
Mas como diria Seikilos: (Bela: e o que eu mais amei que ela trouxe referências de assuntos de newsletters passadas? AMEI💘)
“Enquanto viver, brilhe.”
E é exatamente isso que temos feito.”
- Laura
QUE história e QUE escrita! Amei 💜 !!!!!
Aliás, se quiser mandar uma história de amor ou um perrengue amoroso, me mande por aqui. Tudo ficará anônimo.
🌸 Girls Just Wanna Have Fun🌼
O dia 12 de junho tá se aproximando e, como sempre, eu gosto de lembrar que o amor vem em muitas formas, não só em casal.
💘A Charlotte estava certa, nossas amigas também são nossas almas gêmeas💘
Na minha versão do velho testamento, Isabela solteira, sempre adorei passar o Dia dos Namorados com amigas próximas, fazendo algo divertido que distraísse, mas também aquecesse o coração.
🏹Pensando nisso, separei algumas ideias de programas pra você curtir com a sua turma, e também alguns filmes.
🎀 Programas legais pra fazer com amigas:
🧖♀️ Spa night em casa: máscara facial, escalda-pés, chá, incenso e zero notificações.
🍸Jantar temático (italiano? anos 90? vibe Sex and the City?)
👩🎨 Art Attack: noite de aquarela, ou noite de pintura em taças, vocês escolhem!
🎬 Filmes bons pra ver com as amigas (ou sozinha, enrolada num cobertor)
Legalmente Loira: sempre, porque é sobre autoestima, propósito e girly vibes.
Pequena Miss Sunshine: família caótica, estrada e coração quentinho.
Mamma Mia: paisagens gregas, trilha do ABBA, vestidos esvoaçantes e muita alegria feminina.
Django Livre: um western estiloso do Tarantino.
The Chosen: é serie mas nunca vou deixar de indicar. ❤️
🧠 3x da Semana
1 livro, 1 filme, 1 playlist
📕 Livro: O Velho e o Mar - Ernest Hemingway
Retrata a coragem e a determinação de um velho pescador numa batalha solitária contra a natureza, explorando os limites da força humana e do espírito.💘
🍿Filme: Loving Vincent
🌻Loving Vincent (2017) é o primeiro longa inteiramente pintado à mão, em que cada frame foi feito com tinta a óleo no estilo de Van Gogh. 🌻
O filme mergulha na vida e morte do artista através de uma investigação poética, onde a estética é tão central quanto a narrativa.
🎧Playlist: Girls Night Vibez (eu mesma criei essa playlist e eu AMO ela 💘)
Uma playlist para você e suas amigas ouvirem quando se encontrarem para um girls night in 🍸
That's all folks!
Podem mandar histórias legais, nomes de pessoas que vocês admiram, e feedbacks nesse email: fitzandfries@gmail.com. E se quiserem compartilhar esse post, agradeço imensamente!
É isso,
Beijinhos e nos vemos na próxima edição de Fitz & Fries,
Bela 🐞
Excelente, Bellinha ❤️ aquecendo minhas quartas feiras. Agnt já começa o dia com repertório 🤩
BOM DIA!!! As quartas ficaram muito melhores 🩷💅🧁